Vício em sexo e pornografia: um comportamento em análise

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Vício em sexo e pornografia: um comportamento em análise
Foto: Reprodução Freepik
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Vício em sexo e pornografia: um comportamento em análise “Vício em sexo e pornografia” suscita debates tanto entre especialistas quanto na sociedade em geral. Apesar de não haver consenso absoluto sobre a caracterização do vício em sexo como uma condição clínica, há casos documentados que apontam para um comportamento compulsivo, capaz de prejudicar a vida […]

Vício em sexo e pornografia: um comportamento em análise

“Vício em sexo e pornografia” suscita debates tanto entre especialistas quanto na sociedade em geral. Apesar de não haver consenso absoluto sobre a caracterização do vício em sexo como uma condição clínica, há casos documentados que apontam para um comportamento compulsivo, capaz de prejudicar a vida pessoal e social dos indivíduos.

Para algumas pessoas com dependência sexual, o comportamento pode se limitar à masturbação compulsiva ou ao uso excessivo de pornografia. Em outros casos, o vício pode levar a ações ilícitas, como exibicionismo, voyeurismo, telefonemas indecentes, abuso sexual de menores ou até mesmo estupro.

O que caracteriza o vício em sexo?

O vício em sexo, muitas vezes, não é facilmente reconhecido pelas classificações psiquiátricas tradicionais, como o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) ou a CID-11 (Classificação Internacional de Doenças). Porém, esse comportamento pode ser identificado quando o desejo sexual e o consumo de pornografia tornam-se compulsivos, interferindo no cotidiano e nas relações sociais. Pesquisas sugerem que o vício em sexo está associado à perda de controle sobre os impulsos sexuais, gerando sentimentos de culpa e vergonha, que podem agravar ainda mais a condição.

Para muitos, a moralidade e o estigma associados ao comportamento sexual dificultam o diagnóstico e o tratamento. Isso ocorre porque o que pode ser considerado um comportamento normal para alguns, pode ser visto como problemático por outros, dependendo das crenças pessoais. Um estudo conduzido por psicólogos destaca que a percepção de vício em sexo e pornografia muitas vezes está ligada à incongruência moral, onde a pessoa acredita que tem um problema devido a conflitos internos sobre suas práticas sexuais.

O vício em sexo e pornografia na vida cotidiana

Quando o vício em sexo atinge um nível que compromete a vida cotidiana, o problema pode se manifestar de várias formas, desde dificuldades em manter relacionamentos saudáveis até a perda de produtividade no trabalho. Relatos indicam que algumas pessoas passam horas assistindo pornografia ou buscando sexo compulsivamente, o que pode levar a consequências físicas, como lesões, e mentais, como ansiedade e depressão. Além disso, o comportamento pode causar distúrbios financeiros e problemas legais.

Psiquiatras estudiosos no tema relatom que tratam pacientes cujos comportamentos sexuais compulsivos comprometiam suas vidas de maneira significativa. Esses indivíduos, segundo Hauser, tinham sua vida dominada pelo desejo sexual, a ponto de prejudicar seus relacionamentos e interferir em outras áreas importantes de suas vidas.

Debate científico sobre o vício em sexo e pornografia

A comunidade científica ainda debate se o vício em sexo deve ser classificado como uma dependência comportamental ou como um distúrbio de controle de impulso. Nos anos 90, os psicólogos começaram a sugerir que certos comportamentos, como o uso compulsivo da internet, jogos de azar e, em particular, o comportamento sexual compulsivo, poderiam ser enquadrados como vícios comportamentais. Contudo, a inclusão desse comportamento em manuais de classificação psiquiátrica permanece controversa.

Destacam que o comportamento só deve ser classificado como vício quando provoca danos genuínos à pessoa ou a terceiros.  Argumentam que, se o comportamento sexual de alguém não está interferindo em suas responsabilidades ou relações, não deve ser considerado um vício. Por outro lado, quando o comportamento se torna compulsivo e começa a causar prejuízos, é necessário buscar tratamento, independentemente da classificação oficial.

O vício em sexo é um tema complexo, ainda cercado por controvérsias e com muito a ser explorado pela ciência. Embora o comportamento compulsivo relacionado ao sexo possa não ser oficialmente reconhecido como um vício, ele representa um problema real para muitas pessoas. O tratamento, portanto, deve focar na compreensão das causas subjacentes e na criação de estratégias para restaurar o equilíbrio na vida dos indivíduos afetados.

Para pessoas que se sentem incomodadas ou se consideram portadores dessas características e quiserem ajuda, existem grupos anônimos que tratam exclusivamente desse comportamento de forma, anônima e gratuita, espalhados por todo Brasil. Procure ajuda.

D.A.S.A. – Dependentes de Amor e Sexo Anônimos é uma Irmandade que se baseia no programa de recuperação de 12 Passos de Alcoólicos Anônimos. D.A.S.A. é uma Irmandade de ajuda mútua, aberta a todas as pessoas maiores de 18 anos e de qualquer orientação sexual. Entre seus membros se encontram tanto os que experimentaram uma necessidade compulsiva de sexo, como aqueles com um apego desesperado a uma única pessoa.

Todos os membros têm um padrão comum de comportamento obsessivo/compulsivo, seja sexual como emocional (ou ambos), através do qual as atividades e as relações se veem cada vez mais destrutivas e afetam todos os aspectos de suas vidas – a carreira, a família e o conceito de amor próprio. Como os D.A.S.A.s também são todos dependentes, eles têm uma compreensão especial de si mesmos e da doença. Eles sabem como a Doença funciona – e aprenderam como se recuperar dela através de D.A.S.A.. Podem assistir às nossas reuniões quaisquer pessoas que acreditem ter esse problema, independente de ter outro tipo de dependência (Álcool, Droga..) ou não.

 

Por  minuto 61
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