Procurador da Ucrânia pede prisão de Putin no G20

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Procurador da Ucrânia pede prisão de Putin no G20
Fotos: Rede Social/ Instagram
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Procurador da Ucrânia pede prisão de Putin no G20 O procurador-geral da Ucrânia, Andriy Kostin, afirmou ter recebido informações de Inteligência que indicam a possível presença do presidente russo, Vladimir Putin, na cúpula do G20, marcada para novembro, no Brasil. No início de 2023, o Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, emitiu um […]

Procurador da Ucrânia pede prisão de Putin no G20

O procurador-geral da Ucrânia, Andriy Kostin, afirmou ter recebido informações de Inteligência que indicam a possível presença do presidente russo, Vladimir Putin, na cúpula do G20, marcada para novembro, no Brasil. No início de 2023, o Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, emitiu um mandado de prisão contra Putin, o acusando de crimes de guerra, em particular, pela deportação de crianças ucranianas durante a invasão russa. Em resposta a essa possibilidade, Kostin pediu que as autoridades brasileiras cumpram o mandado internacional de prisão, caso o presidente russo participe do evento.

Mandado de prisão de Putin: o foco da acusação

O foco da acusação contra Vladimir Putin no Tribunal Penal Internacional recai sobre as ações russas na Ucrânia, especialmente relacionadas à deportação de crianças. O mandado de prisão foi emitido em março de 2023, cerca de um ano após o início da invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia. As alegações incluem a transferência forçada de crianças ucranianas para territórios russos, o que é classificado como crime de guerra pelas leis internacionais.

A Rússia, no entanto, nega veementemente as acusações de crimes de guerra e rejeitou a validade do mandado do TPI, considerando-o “nulo e sem efeito”. O Kremlin argumenta que o Tribunal Penal Internacional não tem jurisdição sobre a Rússia, já que o país não é signatário do Estatuto de Roma, tratado que institui o TPI. Ainda assim, para os países que são membros do tratado, como o Brasil, o mandado de prisão é uma obrigação legal.

Participação de Putin no G20: incerteza e impacto

Embora haja incertezas quanto à presença de Putin na cúpula do G20, o foco está nas possíveis consequências legais e diplomáticas. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que, até o momento, nenhuma decisão oficial foi tomada sobre a participação do presidente russo na reunião das 20 maiores economias do mundo, que ocorrerá no Brasil.

O Brasil, como país anfitrião da cúpula e signatário do Estatuto de Roma, enfrenta uma situação delicada. Caso Putin decida comparecer ao evento, as autoridades brasileiras estarão legalmente obrigadas a cumprir o mandado de prisão emitido pelo TPI. Isso poderia gerar repercussões diplomáticas significativas, dado o papel central da Rússia no cenário global e as relações bilaterais entre os países. O Brasil já tem demonstrado neutralidade diplomática em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia, evitando tomar medidas que possam prejudicar sua posição de equilíbrio.

O papel do Brasil no cumprimento do mandado

O Brasil, sendo signatário do Estatuto de Roma, tem a responsabilidade legal de cumprir as ordens do Tribunal Penal Internacional. No entanto, a possível prisão de um líder mundial como Vladimir Putin em território brasileiro levanta questões sobre as implicações políticas e econômicas de tal medida. O cumprimento do mandado de prisão poderia resultar em tensões diplomáticas com a Rússia, um país com o qual o Brasil mantém relações comerciais e políticas importantes.

Além disso, o foco sobre a presença de Putin no G20 pode intensificar as discussões sobre a relevância e a aplicabilidade das decisões do TPI em nível internacional, especialmente em um contexto onde nem todos os países membros do G20 são signatários do Estatuto de Roma. O Brasil, por outro lado, tem se posicionado de forma cuidadosa em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia, adotando uma postura de diálogo e mediação.

A diplomacia brasileira terá que equilibrar as pressões internacionais e as obrigações legais ao receber os líderes mundiais para a cúpula, especialmente em um cenário de crescente polarização geopolítica.

Consequências para Putin e a política internacional

A possível participação de Putin no G20 sob o foco de um mandado de prisão internacional coloca em evidência as complexidades do cenário político global. Para o presidente russo, a presença em um evento de grande escala, como a cúpula do G20, enquanto enfrenta um mandado de prisão emitido por uma das principais cortes internacionais, seria um desafio. Isso porque, ao participar, Putin correria o risco de ser detido, o que teria profundas repercussões para a política russa e global.

Por outro lado, a ausência de Putin no G20 também teria seus impactos. A cúpula é uma plataforma importante para discussões econômicas e políticas globais, e a participação de líderes das principais potências mundiais é fundamental para o sucesso das negociações. A ausência do presidente russo poderia enfraquecer o papel da Rússia nas discussões e aumentar o isolamento do país no cenário internacional.

Ao mesmo tempo, a possível prisão de Putin geraria um aumento nas tensões entre a Rússia e os países signatários do TPI. O Kremlin já se pronunciou contra o mandado de prisão, e qualquer tentativa de detenção de Putin em solo internacional certamente teria repercussões severas.

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Por  Portal Minuto61 DF

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