Manoel Marciano da Silva, um homem de 71 anos da região brasileira do Tocantins, enfrentou uma incrível saga ao passar 28 anos de sua vida legalmente declarado como morto. Tudo começou em 1995, quando ele foi oficialmente registrado como falecido com base no testemunho de sua ex-mulher e de duas outras testemunhas. No entanto, somente em agosto de 2023, após uma batalha judicial de dois anos, Manoel finalmente conseguiu anular sua certidão de óbito.
Para as autoridades brasileiras, Manoel estava há quase três décadas morto e sepultado no cemitério público de Augustinópolis, no Tocantins. No entanto, essa situação só se tornou um problema para ele cerca de dois anos atrás, quando enfrentou dificuldades para receber sua pensão e acessar serviços de saúde gratuitos devido ao seu status de “morto”. Foi então que ele decidiu investigar sua própria “morte” e descobriu que sua ex-mulher e duas testemunhas foram as responsáveis por informar erroneamente as autoridades sobre seu falecimento.
As razões pelas quais sua ex-mulher o declarou morto em 1995 ainda não estão claras. Manoel só tomou conhecimento disso em 2012, quando tentou votar em uma eleição local e foi informado de que seu nome não estava na lista de eleitores, pois constava como falecido. Na época, ele não deu muita importância ao assunto, mas nos últimos anos, seu status de “morto” começou a afetar significativamente sua vida.
Manoel Marciano da Silva perdeu sua aposentadoria e enfrentou dificuldades para marcar consultas médicas, entre outros desafios. No entanto, ressurgir, mesmo que apenas no papel, provou ser uma jornada árdua. O septuagenário teve que contratar um advogado para contestar sua certidão de óbito e obter uma nova certidão de nascimento.
A comprovação de sua identidade incluiu um teste papiloscópico de suas impressões digitais e o depoimento de várias testemunhas para confirmar que ele estava realmente vivo. Eventualmente, Manoel conseguiu “voltar à vida” legalmente, mas o mistério por trás de sua falsa morte ainda persiste. Seus filhos acreditam que sua mãe, que é analfabeta, tenha sido enganada ao declará-lo morto, mas para Manoel, o motivo não importa tanto quanto estar de volta entre os vivos.
