China, Arábia Saudita e Japão: principais destinos de exportações do DF em 2024

China, Arábia Saudita e Japão: principais destinos de exportações do DF em 2024

O cenário do comércio exterior do Distrito Federal em 2024 foi detalhado na quarta edição do Boletim do Comércio Exterior do Distrito Federal, um estudo inédito elaborado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística (IPEDF). O documento, solicitado pela Secretaria de Relações Internacionais (Serinter-DF), revela que as exportações do DF totalizaram US$ 298,8 milhões, enquanto as importações somaram US$ 1,63 bilhão. Esses números, divulgados na manhã desta quinta-feira (29), oferecem um panorama detalhado da dinâmica comercial da capital federal.

A apresentação do novo boletim contou com a presença de importantes representantes do Governo do Distrito Federal (GDF). Estiveram presentes membros da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri), da Secretaria de Economia, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet), além da Serinter. A participação conjunta dessas pastas demonstra a relevância estratégica do comércio exterior para o desenvolvimento econômico e social do Distrito Federal, e a necessidade de uma análise aprofundada dos fluxos de bens e serviços.

Destinos Principais e Pauta Exportadora

A análise dos dados de 2024 aponta que os principais destinos das exportações do Distrito Federal foram China, Arábia Saudita e Japão. Juntos, esses três países asiáticos concentraram uma parcela significativa das vendas externas do DF, respondendo por 54,7% do valor total exportado. Os produtos que impulsionaram essas exportações foram predominantemente soja, carnes de aves e miudezas.

No entanto, o boletim também sinaliza um desafio: a retração nas vendas externas desses itens, em especial da soja, contribuiu para uma diminuição de 19,1% no valor total exportado em 2024, em comparação com o ano de 2023. A soja, como uma das principais commodities exportadas pelo Distrito Federal, exerce forte influência na balança comercial da capital devido ao seu alto valor agregado. Apesar desse recuo, o Distrito Federal demonstrou uma capacidade de negociação ampla, exportando 338 produtos diferentes, conforme a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), para um total de 121 países. Essa diversidade de mercados alcançados reflete o potencial produtivo da região e a busca por novas oportunidades comerciais.

Do lado das importações, o DF apresentou uma origem diversificada, com produtos provenientes de 78 países. Os principais parceiros no segmento de importação foram Alemanha, Estados Unidos e Irlanda, que juntos foram responsáveis por 52,0% do valor total importado em 2024.

Análise Trimestral e Destaques do 4º Trimestre

Ao analisar o desempenho por trimestre, o boletim revela que o Distrito Federal exportou US$ 69,6 milhões no quarto trimestre de 2024. Esse valor representa uma queda de 29,5% em relação ao terceiro trimestre do mesmo ano e uma retração de 23,7% na comparação com o quarto trimestre de 2023. A principal razão para essa desaceleração foi a queda nas exportações de soja, que apresentaram um recuo de 65% tanto na comparação trimestral quanto na interanual.

Apesar da retração geral, o quarto trimestre de 2024 teve alguns destaques positivos na pauta de exportações. As carnes de galos e galinhas apresentaram uma importante contribuição para o resultado trimestral. Especificamente, peitos de galinha desossados, comestíveis e congelados lideraram as exportações nesse período, totalizando US$ 14,9 milhões.

Quanto às importações no quarto trimestre de 2024, houve uma queda de 4,1% no valor importado em comparação com o terceiro trimestre do ano. No entanto, na comparação com o mesmo período de 2023, observou-se um crescimento expressivo de 40,1%. O estudo também aponta que aproximadamente 81,8% das importações do Distrito Federal referem-se à fabricação de produtos farmacêuticos, químicos medicinais e botânicos, o que destaca a importância desse setor para a demanda de insumos e produtos na capital. As informações são do Instituto de Pesquisa e Estatística (IPEDF).

Por   minuto61

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