Cratera em cemitério expõe caixões no DF pela 2ª vez
Parte do chão do Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, Distrito Federal, cedeu na manhã de domingo (3), deixando túmulos abertos e caixões expostos. O incidente aconteceu na Quadra 210-2, no Setor C do cemitério. Segundo a administração do local, embora a cratera tenha sido de grande proporção, ninguém ficou ferido, e os caixões, apesar de expostos, não foram danificados. O evento chamou a atenção, especialmente por ocorrer um dia após o feriado de Finados, quando milhares de brasilienses visitaram o cemitério para homenagens aos entes queridos.
A suspeita inicial dos gestores do cemitério é de que o incidente possa ter sido provocado intencionalmente, conforme indicam os relatos de atividades recentes na área. Representantes da administração do Campo da Esperança estão investigando as causas da abertura do chão, com ênfase em apurar a possível ação de terceiros insatisfeitos com as recentes decisões judiciais que restringiram a atuação de jardineiros autônomos nas dependências do cemitério.
Suspeita de vandalismo no cemitério de Campo da Esperança
A hipótese de que a cratera foi provocada intencionalmente surge devido a um conflito entre jardineiros autônomos e a concessionária que administra o Campo da Esperança. De acordo com a administradora do cemitério, há registros de que esses trabalhadores vêm divulgando imagens e vídeos de situações semelhantes, alegadamente causadas por eles mesmos, em protesto contra a decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) que proibiu suas atividades na área. O órgão afirma que, caso a investigação confirme o vandalismo, o grupo de jardineiros será formalmente denunciado às autoridades competentes.
A concessionária declarou ainda que está conduzindo um levantamento técnico para entender as condições do solo e a possibilidade de interferências externas. Contudo, a suspeita de vandalismo persiste, especialmente após registros de situações semelhantes em um curto período. As autoridades locais e os responsáveis pelo cemitério já intensificaram as medidas de segurança na unidade e prometem revisar a segurança da infraestrutura para garantir a integridade dos túmulos e evitar novos incidentes.
Incidente é o segundo em dez dias
O surgimento de crateras no Campo da Esperança já se tornou uma preocupação recorrente, pois o incidente deste domingo marca o segundo caso em menos de duas semanas. Em 26 de outubro, a auxiliar de serviços gerais Priscila Souza do Nascimento, de 35 anos, caiu em uma abertura no solo enquanto realizava a limpeza do túmulo de familiares. Ela foi socorrida e, felizmente, não sofreu ferimentos graves, mas o evento gerou apreensão entre visitantes e trabalhadores do cemitério.
Essa sequência de ocorrências em curto intervalo levanta dúvidas sobre a estabilidade do solo no local e a manutenção da infraestrutura. A concessionária responsável pelo Campo da Esperança está em alerta, monitorando constantemente as condições de segurança e avaliando possíveis intervenções para reforçar a área. O histórico de movimentações subterrâneas na região também passou a ser analisado, com a possibilidade de medidas adicionais para mitigar futuros riscos.
Além disso, a administração afirma que as falhas na estrutura podem estar ligadas ao aumento da movimentação no local em datas específicas, como o Dia de Finados, que registra um fluxo considerável de visitantes, especialmente para um cemitério de grande porte como o Campo da Esperança. No entanto, as suspeitas de vandalismo colocam outro fator em jogo, pois, conforme a concessionária, o descontentamento dos jardineiros autônomos pode ter se intensificado após a proibição judicial.
Medidas de segurança e nova análise estrutural
Diante dos recentes incidentes, o cemitério Campo da Esperança anunciou que está intensificando as medidas de segurança e revisando as práticas de manutenção. A administração prevê que será necessária uma análise detalhada do solo e dos túmulos para assegurar a estabilidade das estruturas. Para garantir a segurança dos visitantes e preservar a integridade dos túmulos, o cemitério também aumentou a fiscalização e limita o acesso de trabalhadores que não estejam vinculados à concessionária.
A administradora destaca que há uma investigação em andamento para identificar a origem das rachaduras e avaliar se há a necessidade de novas obras de contenção. Para isso, a equipe responsável está utilizando equipamentos de monitoramento subterrâneo para mapear possíveis alterações no solo. A concessionária também espera que, com o reforço na segurança, futuros episódios possam ser evitados e a confiança dos visitantes restaurada.
Por Minuto61
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