Enel tem 3 dias para restabelecer energia em SP

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Enel tem 3 dias para restabelecer energia em São Paulo
13 de outubro de 2024. — Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO
Enel tem 3 dias para restabelecer energia em São Paulo
13 de outubro de 2024. — Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO

Enel tem 3 dias para restabelecer energia em São Paulo O restabelecimento de energia para mais de 400 mil imóveis em São Paulo se tornou prioridade após o temporal que atingiu a região na sexta-feira, 11 de outubro. Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a Enel, responsável pela distribuição de energia na […]

Enel tem 3 dias para restabelecer energia em São Paulo

O restabelecimento de energia para mais de 400 mil imóveis em São Paulo se tornou prioridade após o temporal que atingiu a região na sexta-feira, 11 de outubro. Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a Enel, responsável pela distribuição de energia na área afetada, recebeu a determinação de restabelecer a maior parte do fornecimento de eletricidade em um prazo de três dias. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira, 14 de outubro, durante uma coletiva na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), na capital paulista.

A determinação do governo para restabelecimento da energia

O foco principal do governo federal é normalizar o fornecimento de energia elétrica em São Paulo e na região metropolitana. Durante a coletiva de imprensa, Alexandre Silveira informou que a Enel contará com reforço de profissionais de outras concessionárias de energia do país. Além dos 1.400 funcionários da Enel já em campo, o número será ampliado para 2.900 profissionais, com o apoio de 200 caminhões e mais de 50 equipamentos, visando acelerar o processo de restabelecimento da energia.

Essa ampliação da força-tarefa inclui empresas como CPFL, EDP, ISA CTEEP, Eletrobras, Light e Energisa, que se uniram à Enel para solucionar a situação o mais rapidamente possível. A pressão para acelerar o restabelecimento da energia vem após críticas à falta de comunicação da empresa com a população. De acordo com o ministro, a Enel cometeu “um grave erro de comunicação” ao não estabelecer um prazo claro para normalizar o fornecimento de eletricidade. Agora, o compromisso é que em três dias a maior parte da energia seja restabelecida.

Críticas à Enel e a gestão do sistema elétrico

Durante a coletiva, o ministro Alexandre Silveira também criticou a gestão da Enel e de outras concessionárias de energia, destacando a redução da mão de obra qualificada no setor. Ele ressaltou que o setor de distribuição de energia deve ser proativo e evitar uma postura reativa diante de eventos climáticos severos, como o que ocorreu em São Paulo.

Silveira enfatizou que as concessionárias serão penalizadas caso não melhorem a frequência e a duração dos eventos que afetam o fornecimento de energia. Com a crescente ocorrência de eventos climáticos extremos, o ministro destacou que é essencial que as distribuidoras tenham um planejamento adequado para mitigar os impactos das tempestades e evitar interrupções prolongadas no serviço.

A fala do ministro também refutou declarações do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, sobre a possível renovação da concessão da Enel. Segundo Silveira, não há discussões em andamento sobre a renovação do contrato da Enel, que vence em 2028. O ministro esclareceu que o prazo para a empresa se manifestar sobre a renovação de seu contrato vai até 2026, negando qualquer negociação prematura nesse sentido.

O impacto das quedas de árvores no fornecimento de energia

Outro ponto abordado durante a coletiva foi a questão urbanística de São Paulo, relacionada à queda de árvores sobre as redes de média e baixa tensão, que são responsáveis pela interrupção de boa parte do fornecimento de energia na cidade. O ministro de Minas e Energia recomendou que o prefeito Ricardo Nunes se concentrasse mais nessa questão, uma vez que mais de 50% dos problemas relacionados ao apagão foram causados por árvores que caíram sobre as redes elétricas.

Silveira ressaltou que as concessionárias de energia, incluindo a Enel, não têm prerrogativas para lidar com a poda ou remoção de árvores, devido às restrições legais e ambientais. Esse é um desafio que precisa ser enfrentado em conjunto pelas autoridades municipais e as distribuidoras de energia, especialmente em momentos de crise, como o temporal que afetou São Paulo.

As consequências do temporal em São Paulo e região

O temporal que atingiu São Paulo na última sexta-feira, 11 de outubro, foi intenso e trouxe graves consequências para a cidade e a região metropolitana. A forte chuva, acompanhada de rajadas de vento, começou por volta das 19h30 e rapidamente provocou queda de árvores, interrupções no fornecimento de energia e, em algumas áreas, a suspensão da distribuição de água.

Até o sábado, 12 de outubro, sete mortes haviam sido registradas no estado em virtude das chuvas, sendo três na cidade de Bauru, no interior, e quatro na região metropolitana de São Paulo. Além das fatalidades, muitos bairros da capital continuaram sem energia, afetando residências, comércios e serviços essenciais. A falta de energia também gerou transtornos na mobilidade urbana e na oferta de serviços públicos.

Enel sob pressão para rápida solução

Com o prazo de três dias imposto pelo governo federal, a Enel e outras concessionárias de energia enfrentam o desafio de restabelecer o fornecimento de eletricidade para mais de 400 mil imóveis na capital e na região metropolitana de São Paulo. A pressão é intensa, não apenas por parte da população afetada, mas também das autoridades, que exigem uma resposta rápida e eficaz diante do impacto causado pelo temporal.

A situação também abre espaço para discussões mais amplas sobre a necessidade de planejamento e prevenção no setor elétrico, especialmente diante das mudanças climáticas e da maior frequência de eventos extremos. A responsabilidade compartilhada entre concessionárias de energia e autoridades municipais também deve ser repensada, com foco na melhoria da infraestrutura urbana e na redução dos impactos de futuros eventos climáticos.

Por    Portal Minuto61 DF

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