Escola de Formação de Bailarinos no DF seleciona 90 crianças para curso totalmente gratuito
Mais de 200 crianças, com idades entre 9 e 13 anos, participam nesta sexta-feira (18) e sábado (19) das audições para a Escola de Formação de Bailarinos de Brasília. A iniciativa, que conta com o apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), busca preencher 90 vagas em um curso totalmente gratuito. Ao todo, foram 245 inscritos que disputam essas cobiçadas oportunidades, que prometem transformar a vida de jovens talentos.
Os selecionados iniciarão suas aulas já na próxima segunda-feira, 21 de julho, em dois importantes polos de dança: o Centro de Dança do DF e uma unidade em Planaltina. Essa descentralização visa democratizar o acesso à formação em balé, alcançando mais regiões administrativas e diferentes classes sociais. A vice-governadora Celina Leão destacou a relevância do projeto: “A Escola de Formação de Bailarinos de Brasília é um projeto incrível, que leva cultura, inclusão e o desenvolvimento artístico para as crianças e adolescentes da nossa cidade. Uma iniciativa que valoriza a dança como política pública, que transforma vidas e abre as portas para o futuro”.
O subsecretário do Patrimônio Cultural do DF, Felipe Ramón, reforçou a importância da iniciativa, que busca desmistificar o balé como uma arte elitista. “O balé, por muitos anos, foi considerado uma arte de elite, como se fosse exclusiva para pessoas com muito acesso a recursos. E nós entendemos que o balé é uma arte que precisa ser popularizada. Precisa se capilarizar para todas as RAs [regiões administrativas], para todas as classes sociais. Esse projeto representa exatamente isso”, afirmou Ramón. Ele acrescentou que, ao reconhecer a vocação do Centro de Dança como um “hub da dança” no Distrito Federal, a democratização do balé se torna possível por meio de iniciativas como essa.
Formação Abrangente e Infraestrutura Renovada
Os 90 jovens bailarinos selecionados participarão de um curso intensivo com cinco meses de duração, estendendo-se até dezembro. As aulas serão ministradas no contraturno escolar, de segunda a sexta-feira, garantindo que a formação em dança não interfira nos estudos regulares dos participantes. Serão formadas três turmas, com os alunos divididos por faixa etária e ano de formação, permitindo um aprendizado mais adequado às necessidades de cada grupo.
O professor Luis Ruben Gonzalez, diretor artístico do Corpo de Baile, detalhou o currículo abrangente do curso. “Eles terão aulas teóricas e práticas. Dependendo do ano, tem aula de musicalização, de história da dança, preparação física, tem balé clássico, e as turmas mais avançadas têm jazz, danças urbanas e ponta”, explicou Gonzalez. Essa diversidade de disciplinas visa proporcionar uma formação completa, preparando os jovens não apenas para o balé clássico, mas também para outras linguagens da dança contemporânea. O clima no primeiro dia da seletiva foi de grande expectativa, tanto por parte das crianças, ansiosas por uma vaga, quanto de seus pais, que veem na iniciativa uma oportunidade de futuro para seus filhos.
Um dos pilares que possibilitam a realização da Escola de Formação é o investimento na infraestrutura cultural do DF. O Centro de Dança do Distrito Federal, que sedia as audições e receberá parte das turmas, passou por uma reforma recente. Felipe Ramón, subsecretário do Patrimônio Cultural, detalhou os trabalhos: “Foi um trabalho muito intenso, revitalizando questões que precisavam de um olhar especial, de um carinho, por exemplo o piso da sala. É um piso flutuante específico, de madeira naval, para que a dança possa ocorrer sem intercorrências e sem nenhum risco de acidente”. Esse cuidado com os detalhes técnicos garante a segurança e a excelência no treinamento dos futuros bailarinos.
Investimento Cultural e Ecossistema da Dança
A revitalização do Centro de Dança faz parte de um esforço mais amplo do Governo do Distrito Federal (GDF) para recuperar equipamentos culturais importantes para a capital. Essa política de investimento em espaços culturais tem sido uma prioridade da gestão, visando fortalecer o cenário artístico e cultural da cidade. “Isso começou lá no Mab [Museu de Arte de Brasília], que estava há muito tempo fechado. E, desde então, nós reabrimos diversos espaços”, apontou Felipe Ramón, destacando o impacto positivo dessas ações.
O subsecretário citou a reabertura do Teatro Nacional como um dos exemplos mais emblemáticos desse esforço. “O principal deles foi o Teatro Nacional, que após 11 anos fechado voltou a receber atividades, e as linguagens relacionadas ao balé têm espaço garantido no Teatro Nacional, nós já tivemos apresentações de balé clássico este ano lá”, ressaltou. Essa interligação entre os espaços culturais é fundamental para a criação de um “ecossistema” artístico vibrante e produtivo no DF.
“O Teatro, o Centro de Dança e os demais espaços culturais formam um ecossistema. Para que esse ecossistema se reproduza, cresça e atinja cada vez mais pessoas, eles precisam estar sempre em constante renovação. Foi o que a gente fez”, arrematou Felipe Ramón, evidenciando a visão estratégica do GDF para o desenvolvimento cultural. A Escola de Formação de Bailarinos de Brasília, com suas aulas gratuitas e sua missão de democratizar a dança, insere-se perfeitamente nesse ecossistema, prometendo nutrir novos talentos e consolidar Brasília como um polo de excelência na dança brasileira.
Fonte: Agência Brasília
Por minuto61
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