Escolas públicas do DF resgatam a cultura das cirandas e leva brincadeiras a mais de 600 crianças
Estudantes de escolas públicas do Distrito Federal estão redescobrindo o valor das brincadeiras populares, cantigas de roda e poesias através do projeto “Cirandando, Brincando e Encantando”. A iniciativa, que é realizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) do GDF, promoverá, ao longo dos próximos seis meses, 12 apresentações interativas em centros de ensino no Guará, Cruzeiro e Núcleo Bandeirante. Focado em turmas do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, o projeto tem a expectativa de beneficiar mais de 600 crianças com atividades lúdicas e educativas.
O projeto, idealizado pela professora aposentada Mônica Fernandes, nasceu com a missão de fortalecer a convivência escolar e valorizar as brincadeiras populares brasileiras, que muitas vezes se perdem com o avanço da tecnologia e a falta de espaços para o “brincar livre”. Para Mônica, o principal objetivo é resgatar essa forma de interação social. “O mais importante é manter vivo esse brincar coletivo, o olho no olho, o movimento, a escuta. Muitas crianças hoje não conhecem essas brincadeiras porque nunca viveram isso. E a gente só gosta do que conhece”, afirma a idealizadora, ressaltando a importância de apresentar essas vivências às novas gerações.

A cada apresentação, as crianças são convidadas a participar de rodas de cantigas, adivinhas, versos, poesias e jogos coletivos. A proposta é ir além do aprendizado em sala de aula, estimulando o desenvolvimento social e motor através de atividades que promovem a interação direta entre os estudantes. O projeto “Cirandando, Brincando e Encantando” se mostra como uma ferramenta essencial para o resgate de uma parte da cultura popular que moldou a infância de muitas gerações.
Vivências Musicais e Acessibilidade em Ação
As apresentações do projeto contam com uma trilha sonora especialmente pensada para o público infantil. A música é conduzida pelo renomado percussionista Mestre Célio Zidorio, conhecido como Celin Du Batuk, que também atua como educador musical. A participação do artista transforma as atividades em uma verdadeira vivência musical sensorial, lúdica e divertida. Mestre Célio Zidorio convida os alunos a experimentarem a percussão, permitindo que eles toquem tambores e conheçam os ritmos da cultura popular brasileira, estimulando a musicalidade e a criatividade.
Um dos pontos mais importantes do projeto é a acessibilidade. Todas as apresentações contam com intérprete de Libras e audiodescrição, garantindo que crianças com deficiência visual e auditiva possam participar plenamente das atividades. A inclusão é uma prioridade, assegurando que o “Cirandando, Brincando e Encantando” seja uma experiência para todos.
Além das apresentações interativas, o projeto distribui cartilhas educativas em formato de jogo da memória para os estudantes. Para garantir a acessibilidade completa, as cartilhas também são disponibilizadas em versão Braille, oferecendo um material didático inclusivo para crianças com deficiência visual.
O Impacto do Projeto na Comunidade Escolar
A iniciativa promovida pelo projeto “Cirandando, Brincando e Encantando” tem um impacto significativo nas escolas de Guará, Cruzeiro e Núcleo Bandeirante. Ao resgatar brincadeiras populares, a iniciativa fortalece os laços sociais entre os estudantes e promove uma forma de aprendizado que vai além do conteúdo pedagógico tradicional. O contato direto, o “olho no olho” e o trabalho em equipe são habilidades sociais importantes que são desenvolvidas de forma natural e divertida.
O projeto também contribui para a valorização da cultura popular brasileira nas escolas. Ao introduzir cantigas e jogos que fazem parte da nossa história, o “Cirandando” incentiva o respeito e o apreço pela diversidade cultural do país. As atividades, realizadas com recursos do FAC/DF, demonstram o compromisso do GDF em investir na cultura como uma ferramenta de transformação social, oferecendo às crianças do Distrito Federal a oportunidade de se conectarem com suas raízes e de construírem memórias afetivas através do brincar. A expectativa é que, ao longo dos próximos seis meses, o projeto continue a encantar e a educar, deixando um legado de alegria e aprendizado para mais de 600 crianças.
Fonte: Agência Brasília
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