Feira de Brechós Remoda na Ceilândia Celebrando Moda e Arte 2025
A Praça da Estação do Metrô de Ceilândia Centro será palco de um evento vibrante neste sábado, 12 de julho: a Feira de Brechós Remoda. Com entrada gratuita, a iniciativa promete movimentar a cidade com mais de 60 expositores, oferecendo moda sustentável e uma programação cultural diversificada que inclui shows, oficinas e desfiles. O objetivo é transformar o local em um verdadeiro festival de moda circular e arte urbana, celebrando a criatividade e a consciência ambiental.
Os brechós, que têm ganhado cada vez mais espaço no cenário da moda global, demonstram sua força no Distrito Federal com empreendimentos que encantam clientes com itens exclusivos e acessíveis. O hábito de comprar roupas e produtos usados, embora tenha ganhado grande proporção na pandemia, é uma prática com raízes históricas profundas. No século XIX, grandes mercados europeus já viam essa prática como comum, especialmente entre as classes mais baixas, que encontravam nos itens de segunda mão uma alternativa de consumo mais acessível.
No Brasil, o conceito de brechó surgiu no mesmo século, no Rio de Janeiro, com um comerciante chamado Belchior, que abriu uma loja de roupas e objetos usados. Com o tempo, o nome do comerciante foi se transformando e deu origem à palavra popularmente conhecida hoje: brechó.
Amados por muitos e criticados por alguns, os brechós são cada vez mais procurados por quem busca qualidade e acessibilidade. Apesar dos estigmas em relação às roupas de segunda mão, estabelecimentos espalhados pela cidade provam que autenticidade e exclusividade são as palavras-chave desses empreendimentos.
Consumo Consciente e Programação Diversificada
O festival Remoda vai muito além de uma simples feira de roupas, acessórios e peças vintage. Com o objetivo central de promover o consumo consciente, valorizar o trabalho artesanal e incentivar práticas de sustentabilidade na moda, o evento oferece uma programação rica e diversificada para todos os públicos. Entre as atividades, destacam-se os desfiles de moda autoral, que prometem exibir criações únicas e inovadoras.
Um dos pontos altos será o concurso de moda sustentável, voltado para estudantes de escolas públicas e privadas, incentivando a nova geração a pensar em soluções criativas e ambientalmente responsáveis para o setor. Além disso, o público terá a oportunidade de participar de oficinas de customização conduzidas pela produtora cultural Jane Alves, que ensinarão técnicas para dar nova vida a peças antigas e transformar itens básicos em peças exclusivas. Essa é uma forma prática de combater o descarte excessivo e incentivar a criatividade individual.
Apesar do potencial transformador dos brechós como agentes de mudança, muitas pessoas ainda mantêm a crença de que as roupas vendidas são de má qualidade, velhas ou até com “más energias”. No entanto, a realidade é outra: embora as peças possam ser antigas, isso não anula sua qualidade. Pelo contrário, é comum encontrar roupas raras, escassas no mercado tradicional e, muitas vezes, em excelente estado de conservação. O Remoda busca desmistificar essas percepções, mostrando que dar vida ao antigo é uma forma inteligente e estilosa de consumir moda.
Guia Rápido da Moda Sustentável
A moda sustentável ganha força, e com ela, um vocabulário próprio que reflete valores de consumo consciente e responsabilidade.
Slow Fashion, um movimento que se opõe à lógica de produção desenfreada. Ele incentiva o consumo mais consciente, valorizando o trabalho humano, respeitando o tempo de produção e a cultura local.
Fast Fashion representa a produção rápida e em massa de roupas, focada no lucro. Essas peças geralmente têm pouca durabilidade e, infelizmente, podem estar ligadas a práticas insustentáveis e, em casos extremos, a condições de trabalho análogas à escravidão.
Garimpar se referem à busca cuidadosa por peças únicas e especiais em brechós ou mercados. Já Vintage descreve roupas com mais de 20 anos, diferenciando-se do Retrô, que são peças atuais com design inspirado no passado.
Rework significa dar um novo visual a uma peça existente,
Upcycling consiste em uma grande reforma para dar uma nova vida a itens que, de outra forma, seriam descartados.
Esses conceitos são essenciais para entender e praticar uma moda mais ética e duradoura.
Arte Urbana, Música e Apoio Cultural
Durante todo o sábado, a Praça da Estação do Metrô de Ceilândia Centro será palco de uma intensa programação cultural. O público poderá participar de rodas de conversa, incluindo um bate-papo com a idealizadora do evento, Rafaela Fernandes, que compartilhará sua visão sobre moda sustentável e empreendedorismo. A trilha sonora do festival ficará por conta da discotecagem dos DJs Fellet, Ocimar e Tânia, que prometem embalar o dia com batidas variadas. Para encerrar as atividades com chave de ouro, haverá um pocket show dos artistas Rivas e Ravel, garantindo um encerramento musical de alta qualidade.
Um dos momentos mais esperados da programação será o desfile colaborativo assinado por Rafaela Fernandes e pela designer Rosangela Moreira Buerger. Este desfile terá uma intervenção artística ao vivo do grafiteiro Rivas, uma referência na cena cultural do Distrito Federal, que trará sua arte para a passarela, conectando moda e expressão urbana. Essa fusão de talentos visa a criar uma experiência única e memorável para os presentes.
Mais do que uma feira, o Remoda se consolida como um festival cultural inclusivo, que conecta moda, arte, sustentabilidade e gastronomia em um espaço público e democrático. A iniciativa, que contribui para o fortalecimento da economia criativa local e para a conscientização sobre o consumo responsável, conta com o importante apoio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF). O evento representa uma oportunidade imperdível para quem busca peças exclusivas, valoriza a sustentabilidade e quer aproveitar um dia repleto de cultura e arte em Ceilândia.
Venha conferir: Remoda — Festival de Moda Circular
Local: Praça da Estação do Metrô – Ceilândia Centro
Data: 12 de julho (sábado)
Horário: Das 11h às 18h
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