Inclusão de autistas no mercado de trabalho

COMPARTILHE!
Inclusão de autistas no mercado de trabalho
Foto: Arquivo pessoal
Inclusão de autistas no mercado de trabalho
Foto: Arquivo pessoal

Inclusão de autistas no mercado de trabalho abre espaço para novos talentos Especialistas apontam que preconceito e falta de assistência adequada contribuem para a baixa empregabilidade de pessoas com o transtorno Com uma população de 13 mil pessoas que, segundo a Associação Brasileira de Autismo, apresentam diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA) no DF, […]

Inclusão de autistas no mercado de trabalho abre espaço para novos talentos

Especialistas apontam que preconceito e falta de assistência adequada contribuem para a baixa empregabilidade de pessoas com o transtorno

Com uma população de 13 mil pessoas que, segundo a Associação Brasileira de Autismo,  apresentam diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA) no DF, a Secretaria de Saúde (SES-DF) dispõe de uma rede de unidades focadas em atendimento, diagnóstico e tratamento. O serviço também apoia os pacientes a conseguirem o primeiro emprego, um processo facilitado neste ano com a lei nº 14.992/2024, que define regras para estimular a contratação, como empregado, aprendiz ou estagiário, de pessoas com TEA.

Inclusão de autistas no mercado de trabalho

Diagnosticada com TEA, a professora Wanessa Tirelli afirma ter encontrado todo o apoio no trabalho: “O diagnóstico me trouxe mais organização e consciência sobre minha condição, ajudando-me a lidar melhor com o dia a dia profissional” | Foto: Arquivo pessoal

“A diversidade no ambiente de trabalho só tem a enriquecer a todos”

Ana Miriam Garcia Barbosa, assistente social

De acordo com especialistas da SES-DF, a promoção da inclusão de autistas no mercado de trabalho não apenas combate preconceitos, mas também abre espaço para que mostrem suas habilidades.

A assistente social Ana Miriam Garcia Barbosa lembra que, para que essas pessoas sejam reconhecidas e tenham a oportunidade de uma vida mais autônoma e realizada, a sociedade precisa entender que cada indivíduo no espectro autista é único, com suas próprias capacidades e desafios. “O espectro autista é vasto, e muitos desses jovens têm necessidades leves e são extremamente competentes em suas funções”, aponta. “A diversidade no ambiente de trabalho só tem a enriquecer a todos”.

Habilidades acentuadas

Alguns exemplos de aptidões comuns entre indivíduos com TEA são habilidades relacionadas a questões lógicas e matemáticas, disposição para atividades repetitivas e metódicas que consistem na manutenção de uma rotina, atividades com regras e padrões bem definidos e ótima memória visual e de longo prazo.

A professora de Geografia Wanessa Tirelli, diagnosticada aos 31 anos com TEA, relata ter recebido apoio no seu ambiente de trabalho, com acolhimento da chefia – situação que não é a realidade de muitas pessoas com autismo. “O diagnóstico me trouxe mais organização e consciência sobre minha condição, ajudando-me a lidar melhor com o dia a dia profissional”, diz. “Sou uma profissional tão capaz como qualquer outra”.

Desafios e apoio da família

Segundo  Ana Miriam, há um estereótipo de que as pessoas com autismo possuem dificuldades severas em suas interações sociais ou apresentam comportamentos como a autoagressão. “Essa visão limitada impede que muitos autistas, que são altamente capazes e produtivos, tenham a chance de mostrar seu potencial”, pontua.

A especialista explica que o preconceito enraizado afeta a autoestima dos adolescentes autistas, que crescem acreditando não serem capazes de se inserir no mercado de trabalho. “Muitas famílias acreditam que seus filhos não são capazes de desempenhar qualquer outra atividade, o que reforça a exclusão”, diz. “Precisamos estimular programas de estágio e jovem aprendiz. Essa inclusão é fundamental para desmistificar o diagnóstico e revelar todo o potencial produtivo desses jovens”.

Centros especializados

Para obter o diagnóstico do transtorno, o primeiro passo é ir à unidade básica de saúde (UBS) de referência. Após isso, há o encaminhamento a um dos quatro centros especializados em reabilitação (CERs) da SES-DF, conforme o perfil do paciente.

Centro Especializado em Reabilitação do Hospital de Apoio atende adultos que precisam de reabilitação para o mercado de trabalho

Os adultos que precisam de reabilitação para se adequar ao mercado de trabalho são atendidos no CER do Hospital de Apoio, que funciona de segunda a sexta-feira, exceto às quartas. Jovens também podem se preparar no Adolescentro, unidade especializada e reconhecida como referência na atenção a pacientes de 10 a 18 anos com transtornos mentais, de aprendizagem e vítimas de violência sexual.

Os cuidados aos autistas também são oferecidos no CER II, em Taguatinga, e no Centro de Orientação Médico-psicopedagógica, que tem como foco o público infantil e fica no Setor Hospitalar Norte, ao lado do Hemocentro.

*Com informações da Secretaria de Saúde

Fonte: Agência Brasília

Quer ficar por dentro de todas as novidades?
Siga o    Minuto61 no Instagram   !

Receba as últimas notícias no Whatsapp!
Siga o canal “Últimas Notícias” WhatsApp

Quer denunciar ou sugerir uma reportagem?
Envie para Portal Minuto61 DF

Sua participação é muito importante!

 

 

 

Portal Minuto 61 © 2022 – Strike Media

Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Conheça nossa política de privacidade.