Nego Di tem pedido de liberdade negado novamente

Nego Di tem pedido de liberdade negado novamente

Na última terça-feira, 22 de outubro, a 2ª Vara Criminal de Canoas, localizada na Região Metropolitana de Porto Alegre, negou mais um pedido de liberdade do influenciador e humorista Nego Di. A decisão foi proferida pela juíza Patricia Pereira Krebs Tonet, mantendo o influenciador em prisão preventiva, onde se encontra desde julho deste ano. Acusado de crimes de estelionato e lavagem de dinheiro, Nego Di é apontado como um dos sócios de uma loja virtual envolvida em um esquema de produtos não entregues aos consumidores.

Acusações contra Nego Di envolvem estelionato

A prisão preventiva de Nego Di, decretada em julho, está relacionada à sua suposta participação em um esquema fraudulento envolvendo uma loja virtual. O influenciador é acusado de estelionato por, alegadamente, promover vendas de produtos que nunca foram entregues aos clientes. Além disso, ele enfrenta acusações de lavagem de dinheiro, pois teria utilizado os lucros obtidos de forma ilícita para mascarar a origem do dinheiro e incorporá-lo ao seu patrimônio.

As investigações começaram após diversas denúncias de consumidores que compraram produtos na plataforma e não os receberam. A loja virtual, supostamente vinculada ao humorista, teria atraído seus seguidores com promessas de ofertas vantajosas e produtos a preços competitivos. Entretanto, os pedidos não foram entregues, gerando uma onda de reclamações que culminou na ação judicial contra Nego Di e outros envolvidos no esquema.

Defesa de Nego Di alega ressarcimento das vítimas

A defesa de Nego Di tem argumentado, desde o início do processo, que o influenciador jamais teve a intenção de prejudicar seus seguidores. De acordo com seus advogados, ele estaria colaborando para ressarcir as vítimas desde 2022, antes mesmo de sua prisão preventiva. A defesa sustenta que o humorista tem buscado regularizar a situação e ressarcir os consumidores lesados, afirmando que o atraso nas entregas foi fruto de problemas logísticos e não de uma ação intencional de fraude.

A equipe jurídica de Nego Di tentou mais uma vez pedir a liberdade do influenciador, argumentando que ele tem colaborado com as investigações e que as condições para manter a prisão preventiva não se justificam. No entanto, a juíza Patricia Pereira Krebs Tonet discordou dessa linha de argumentação e decidiu pela manutenção da prisão preventiva, considerando que as evidências até o momento indicam que o humorista tem responsabilidade direta nos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro.

Juíza decide manter prisão preventiva

A decisão da 2ª Vara Criminal de Canoas foi baseada na gravidade das acusações e na necessidade de preservar a ordem pública. Segundo a juíza, há indícios suficientes de que Nego Di teve participação ativa no esquema de estelionato e que a sua liberdade representaria um risco à continuidade das investigações. A magistrada ressaltou que, embora a defesa afirme que o humorista está colaborando com o ressarcimento das vítimas, o montante restituído até o momento não é proporcional ao prejuízo causado pela suposta fraude.

Além disso, a magistrada considerou o risco de que, se liberado, o influenciador poderia influenciar as testemunhas ou dificultar o andamento do processo judicial. Portanto, a decisão de manter Nego Di preso preventivamente foi fundamentada na necessidade de assegurar o cumprimento da lei e proteger os direitos dos consumidores que foram lesados pelo esquema.

Implicações para a carreira de Nego Di

A prisão preventiva e as acusações de crimes financeiros têm gerado grande impacto na carreira de Nego Di, que ganhou popularidade como humorista e influenciador digital. Sua participação em um esquema fraudulento manchou sua imagem pública, resultando em uma série de cancelamentos de contratos de patrocínio e parcerias comerciais. Diversas marcas com as quais o humorista mantinha relações comerciais decidiram encerrar os contratos, aguardando a resolução do processo judicial.

O influenciador, que construiu sua base de fãs por meio de vídeos de humor e participações em programas de televisão, está enfrentando um momento delicado em sua trajetória profissional. As redes sociais, que antes eram seu principal canal de comunicação com os seguidores, agora refletem a divisão de opiniões sobre o caso. Parte do público se mantém solidária ao humorista, acreditando em sua inocência, enquanto outra parte expressa decepção e críticas à sua suposta conduta.

Investigação segue em andamento

O processo judicial contra Nego Di segue em andamento, com novas audiências e depoimentos previstos nas próximas semanas. A equipe de investigação, composta pela Polícia Civil e o Ministério Público, continua apurando as transações financeiras da loja virtual e a extensão dos prejuízos causados aos consumidores. A expectativa é que mais vítimas possam se manifestar e formalizar denúncias contra a empresa, o que pode aumentar o volume de provas contra o influenciador.

Enquanto isso, a defesa de Nego Di promete continuar buscando sua liberdade, recorrendo a instâncias superiores do judiciário. Seus advogados afirmam que o humorista está disposto a resolver a situação e a reparar os danos causados às vítimas, mas argumentam que a prisão preventiva é uma medida excessiva diante da colaboração que ele tem oferecido ao processo.

Prisão de Nego Di mantida por decisão judicial

O caso envolvendo Nego Di ainda está longe de um desfecho definitivo. A negativa de mais um pedido de liberdade reforça a gravidade das acusações contra o humorista, que seguirá preso preventivamente até que o processo avance. As investigações continuarão a apurar a extensão do esquema de estelionato e lavagem de dinheiro, enquanto a defesa busca novos recursos para tentar reverter a prisão do influenciador. Até o momento, as evidências contra Nego Di indicam uma participação direta nos crimes, o que justificou a manutenção de sua prisão pela Justiça.