Segunda etapa da Olimpíada Brasileira de Cartografia 2025 é conquistada por alunos de Taguatinga e Ceilândia. 

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Segunda etapa da Olimpíada Brasileira de Cartografia 2025 é conquistada por alunos de Taguatinga e Ceilândia. 
Fotos: André Amendoeira/SEEDF
Segunda etapa da Olimpíada Brasileira de Cartografia 2025 é conquistada por alunos de Taguatinga e Ceilândia. 
Fotos: André Amendoeira/SEEDF

Segunda etapa da Olimpíada Brasileira de Cartografia 2025 é conquistada por alunos de Taguatinga e Ceilândia. Em um cenário onde o ensino da cartografia muitas vezes enfrenta desafios, escolas públicas do Distrito Federal estão ganhando destaque nacional. Alunos de duas instituições de ensino da capital garantiram a classificação para a segunda etapa da Olimpíada Brasileira […]

Segunda etapa da Olimpíada Brasileira de Cartografia 2025 é conquistada por alunos de Taguatinga e Ceilândia.

Em um cenário onde o ensino da cartografia muitas vezes enfrenta desafios, escolas públicas do Distrito Federal estão ganhando destaque nacional. Alunos de duas instituições de ensino da capital garantiram a classificação para a segunda etapa da Olimpíada Brasileira de Cartografia (Obrac) 2025, uma competição que estimula o protagonismo estudantil e aprofunda conhecimentos geográficos. A próxima fase, que se estende até 12 de julho, promete desafios ainda maiores para os jovens talentos.

A professora Vanessa Cristina Vasconcelos, com 11 anos de experiência na rede pública de ensino do DF, tem um olhar apurado para identificar aptidões que, por vezes, não são plenamente desenvolvidas no currículo regular. “Eu sempre trabalho cartografia no início do ano, porque é um tema com várias lacunas. Muitos alunos destacam-se, mas não se sentem motivados a aprofundar-se”, explica a docente. Foi essa percepção que a impulsionou a inscrever sua turma na Obrac.

Inicialmente, doze estudantes de três escolas públicas do DF participaram da primeira etapa da competição. Após o período de avaliação, duas instituições se classificaram para a fase seguinte: o Centro de Ensino Fundamental (CEF) 04 de Ceilândia e o CEF Arapoanga, em Planaltina. Esse resultado é um testemunho do potencial dos alunos e da dedicação dos educadores do DF.

Descoberta de Paixões e Talentos Geográficos

A participação na Obrac 2025 tem sido um catalisador para a descoberta e o aprofundamento de paixões geográficas entre os estudantes. Israel Thyago, 14 anos, é um exemplo claro dessa efervescência. “Eu sempre gostei. Desde pequeno, assistia vídeos do mundo, gostava de ver o planeta, decorar nomes de cidades. Pegava o Google Maps e procurava lugares bonitos”, relata Thyago, demonstrando uma curiosidade inata pela cartografia e pela geografia mundial.

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Fotos: André Amendoeira/SEEDF

Davi Souza, 15 anos, compartilha o mesmo entusiasmo pelo tema. “Sempre tive interesse por mapas. Gosto de localizar lugares, países. Tenho dois globos terrestres em casa”, revela ele, que vê na Olimpíada uma oportunidade única de aprofundar conhecimentos que já cultivava informalmente em casa.

A presença feminina na competição é destacada por Maysa Xavier, 14 anos, que traz uma reflexão importante sobre a inclusão e o incentivo. “Não acho que as meninas pensem menos nisso ou sejam menos capazes. Acho que são menos incentivadas”, afirma a aluna, que já possui experiência em outras competições científicas, tendo participado de olimpíadas de história e matemática. Sua fala sublinha a necessidade de maior estímulo e visibilidade para as garotas nas áreas de ciências exatas e geográficas.

Completando o quarteto, Uriel Lima Cruz, 14 anos, apresenta uma visão humanista da geografia. “Sempre gostei da disciplina. É uma matéria da área humana muito importante, que trata da história da humanidade”, explica o estudante, evidenciando uma compreensão mais ampla da disciplina. Esta foi a sua primeira participação em olimpíadas científicas, o que torna sua classificação ainda mais significativa. Esses jovens demonstram que a cartografia pode ser muito mais do que a simples leitura de mapas, conectando-se a diversas áreas do conhecimento e despertando um profundo interesse pelo mundo.

Propósito Social e Preparação para o Futuro

A Obrac vai além do reconhecimento acadêmico e da estimulação do conhecimento geográfico. A competição possui um propósito social robusto, sendo vinculada ao Programa de Bolsa de Iniciação Científica Júnior do CNPq/MCTI e ao programa federal Auxílio Brasil. Essa conexão oferece oportunidades reais para estudantes de baixa renda, transformando a Olimpíada em um vetor de inclusão social. As duas escolas públicas com melhor classificação final na competição garantem bolsas para oito alunos, com um auxílio de R$ 1 mil em parcela única para a família e R$ 1,2 mil divididos em parcelas mensais para os estudantes. Esse incentivo financeiro é crucial para apoiar a permanência e o desenvolvimento desses talentos na educação.

Agora classificados para a segunda etapa, que tem prazo final em 12 de julho, os estudantes enfrentarão um desafio complexo e socialmente relevante: deverão desenvolver um mapa digital sobre o racismo ambiental no Distrito Federal. O trabalho exigirá que os jovens pesquisem e abordem temas sensíveis e urgentes, como a falta de saneamento básico em determinadas áreas, os impactos desproporcionais das mudanças climáticas sobre comunidades vulneráveis e o acesso desigual à água potável. “Vamos ter que fazer pesquisa, coletar dados e usar programas específicos. É um trabalho complexo”, reconhece a professora Vanessa Cristina Vasconcelos, destacando a profundidade e a interdisciplinaridade que serão exigidas dos alunos.

A subsecretária de Educação Básica do DF, Iêdes Soares Braga, ressalta a importância da participação das escolas públicas na Obrac. “A participação das escolas públicas na Obrac demonstra tanto o potencial extraordinário dos nossos estudantes quanto o compromisso dos professores”, afirma. Essa conquista não é apenas uma vitória para os alunos e suas escolas, mas um reflexo da dedicação da rede pública de ensino do Distrito Federal em oferecer oportunidades de alta qualidade e promover o desenvolvimento integral de seus estudantes, preparando-os para os desafios do futuro e para uma atuação cidadã e consciente.

Fonte: Agência Brasília

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