Reoneração da folha atingirá 17 setores até 2027

COMPARTILHE!
Reoneração gradual da folha de pagamento impactará 17 setores da economia até 2027
Reproduzido por Freepik
Reoneração gradual da folha de pagamento impactará 17 setores da economia até 2027
Reproduzido por Freepik

Reoneração gradual da folha de pagamento afetará 17 setores até 2027 A reoneração da folha de pagamento, aprovada pela Câmara dos Deputados em 11 de setembro, marca o fim de um ciclo de desoneração que beneficiava 17 setores da economia e municípios com até 156 mil habitantes. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou a […]

Reoneração gradual da folha de pagamento afetará 17 setores até 2027

A reoneração da folha de pagamento, aprovada pela Câmara dos Deputados em 11 de setembro, marca o fim de um ciclo de desoneração que beneficiava 17 setores da economia e municípios com até 156 mil habitantes. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou a decisão e destacou a importância dessa medida para equilibrar as contas públicas, após anos de déficits fiscais. Segundo ele, o impacto dessa desoneração sobre as finanças públicas foi de mais de R$ 200 bilhões ao longo da última década.

A aprovação da reoneração e seus desafios

A reoneração da folha será gradual e ocorrerá até 2027, com o aumento das alíquotas em 5% ao ano. A partir de 2025, as empresas beneficiadas terão que contribuir progressivamente mais, passando de uma alíquota de 5% em 2025 para 10% em 2026 e, finalmente, 20% em 2027. Segundo Haddad, “foi um consenso difícil”, já que há mais de 10 anos tentava-se rever o programa sem sucesso. A proposta aprovada representa uma transição planejada para minimizar o impacto sobre os setores que vinham sendo beneficiados​.

O papel do STF na decisão sobre a reoneração

O Supremo Tribunal Federal (STF) desempenhou um papel crucial na mudança do cenário de desoneração. Em uma decisão recente, o tribunal determinou que o governo precisava indicar fontes de compensação para cobrir as perdas fiscais causadas pela desoneração. Essa decisão ocorreu após o Congresso Nacional derrubar o veto do governo à prorrogação da desoneração até 2027. Sem essa indicação de compensação, o STF deu um prazo para que as fontes fossem apresentadas até setembro de 2024​.

A reoneração visa corrigir uma distorção fiscal que, segundo o governo, vinha beneficiando grandes empresas sem efetivamente contribuir para a manutenção de empregos. O governo argumenta que a desoneração não trouxe os resultados esperados em termos de geração de postos de trabalho, o que acabou aumentando a pressão sobre a Previdência Social e o orçamento público​.

O lobby empresarial e os efeitos sobre o emprego

Durante as discussões no Congresso, diversos grupos empresariais pressionaram para que a desoneração fosse mantida, argumentando que o fim do benefício colocaria em risco milhares de empregos. O governo, por sua vez, sustentou que o impacto da desoneração sobre o nível de emprego foi limitado e que o custo de manter o benefício era insustentável. O ministro Haddad destacou que “não se pode continuar beneficiando grandes empresas com poder de lobby no Congresso enquanto se cobram cortes sobre a população mais pobre.

A pressão do lobby empresarial refletiu-se nas discussões acaloradas dentro do Congresso, com setores como o de vestuário, construção civil e call centers liderando os pedidos pela manutenção da desoneração. No entanto, os dados do governo mostraram que o efeito da medida sobre o emprego foi pequeno, e o custo fiscal elevado inviabilizou a continuidade do programa sem ajustes.

Alternativas para a compensação fiscal

Diante do fim da desoneração, o governo buscou alternativas para compensar a perda de arrecadação que a reoneração gradual trará até 2027. Entre as soluções apresentadas estão o uso de depósitos esquecidos em bancos, a repatriação de recursos no exterior e a atualização de valores de bens para fins de tributação no Imposto de Renda. Essas medidas visam minimizar o impacto da reoneração sobre as contas públicas, ao mesmo tempo em que garantem que as empresas afetadas tenham tempo para se adaptar​.

Essas soluções foram fundamentais para o governo garantir a aprovação da reoneração, uma vez que atendem à exigência do STF de indicar fontes de compensação para a perda de receita fiscal. A expectativa é que, com a reoneração progressiva, a economia se reestruture, priorizando setores estratégicos que ainda necessitam de apoio, como as indústrias nascentes e as áreas sensíveis.

Por Minuto61

LEIA TAMBÉM:

Viajante do tempo? IPhone 13 em 1980? Será que é Fake?

Beneficiários do Bolsa Família são proibidos de trabalhar? Será que é Fake?
George Soros utiliza fetos para fabricar cosméticos? – Será que é Fake?
Heineken mudou a fórmula? Será que é FAKE?
Será que é FAKE? Fenômeno Aphelion, vai fazer o frio que estão dizendo?
Esposa do Craque Neto briga com amante do jogador? Será que é Fake?
Astrazeneca causou ou ativou o Monkeypox? Será que é Fake?
Michelle Obama é Trans? Será que é Fake?
Governo publicou decreto que aumenta alíquota do IR para 35,5%? Será que é FAKE?

Quer ficar por dentro de todas as novidades?
Siga o Minuto61 no Instagram!

Receba as últimas notícias no Whatsapp!
Siga o canal “Últimas Notícias”  WhatsApp

Quer denunciar ou sugerir uma reportagem?
Envie para Portal Minuto61 DF

Sua participação é muito importante!

 

Portal Minuto 61 © 2022 – Strike Media

Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Conheça nossa política de privacidade.