Janeiro Branco: conscientização sobre a saúde mental
Fonte: Agência Brasília | Edição: Carolina Lobo
Este é o mês da conscientização sobre a saúde mental e, por isso, denominado Janeiro Branco. No Hospital de Base (HBDF), a Unidade de Psiquiatria é responsável por atendimentos em diversos níveis de assistência. O pronto-socorro é responsável por atendimentos de urgência e emergência tanto por livre demanda como referenciados por UPAs e hospitais regionais. Em 2022, foram, em média, 425 atendimentos por mês, o que resultou em mais de cinco mil atendimentos no ano.
Chefe da Unidade de Psiquiatria do Hospital de Base, o médico Sérgio Cabral Filho destaca que as ações da campanha do Janeiro Branco são importantes para trazer o foco sobre os temas relacionados à saúde mental. A campanha, realizada desde 2014, tem como objetivo diminuir o estigma e o tabu sobre o tema. “Assim, é possível focar mais na promoção da saúde mental e na prevenção”, avalia o médico. O tema deste ano é A vida pede equilíbrio!.
Nos últimos anos, o número de casos de doenças mentais aumentou. “Verificamos esse aumento em nossos serviços, com uma aceleração desde o começo da pandemia da covid-19. Infelizmente, é uma realidade corroborada por dados nacionais”, destaca o psiquiatra Sérgio Cabral.
Diante desse quadro, o médico aponta como principais soluções a promoção da saúde mental e a conscientização: “São os princípios defendidos pela campanha do Janeiro Branco”. “Nesse sentido, é preciso que haja ações do poder público, da sociedade e também individuais”, explica. A campanha enumera dez atitudes por um mundo com mais saúde mental. São elas: políticas públicas para a saúde mental e condições sociais dignas de existência; prática de exercícios físicos e de hobbies terapêuticos; autoconhecimento; qualidade de vida; vínculos sociais profundos; abertura a novos conhecimentos; espiritualidade saudável; contato com a natureza; autonomia; e sentidos próprios de vida.
Procurar ajuda já nos primeiros sinais de alerta é fundamental. “Devido, principalmente, ao estigma, diversas pessoas demoram muito a procurar ajuda ou a mudar situações e questões que acabam levando ao adoecimento psíquico. Não se deve esperar que a situação fique grave para buscar esse apoio”, alerta o psiquiatra. Assim, é importante que as pessoas estejam abertas a falar de si quando perceberem que estão diferentes do seu habitual. “É claro que todas as pessoas passam por dias de irritação, tristeza, ansiedade, inquietação, mas se isso começar a ficar repetitivo e se transformar em regra, dividir com alguém pode ser o primeiro passo”, aconselha o médico.
Também é muito comum aparecerem alterações em funções fisiológicas básicas, como apetite, sono, memória e raciocínio. “Ao perceber esses sinais e já com apoio de alguém próximo, busque um profissional da saúde. Nesse caso, pode ser um psicólogo, médico generalista ou mesmo o psiquiatra”, sugere Sérgio Cabral. A partir deste primeiro atendimento, o profissional dará seguimento ao tratamento, de acordo com a individualidade de cada caso.
Hospital de Base
A enfermaria da Unidade de Psiquiatria do Hospital de Base conta com 25 leitos de internação e manteve a taxa de ocupação média em 97% durante 2022. A equipe assistencial é composta por psiquiatras, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e fonoaudiólogos.
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