Mário Gomes recusa-se a deixar sua mansão de R$20 milhões após ser leiloada.
Mário Gomes, hoje com 71 anos, ex ator e galã da Rede Globo, conhecido por seus papéis de destaque na TV brasileira, vive uma situação complicada após ter sua mansão, localizada na Praia da Joatinga, no Rio de Janeiro, leiloada. O imóvel, que possui uma vista privilegiada para o mar e é avaliado em mais de R$ 20 milhões, foi arrematado por R$ 720 mil em um leilão realizado para o pagamento de dívidas trabalhistas de uma antiga confecção de roupas no Paraná, que pertenceu ao ator. No entanto, Mário Gomes se recusa a deixar a residência, onde mora com sua esposa e dois filhos menores.
Dívidas trabalhistas e leilão do imóvel
A casa, situada em uma das áreas mais valorizadas da Zona Oeste do Rio, foi levada a leilão devido a dívidas trabalhistas de costureiras da antiga empresa de confecção de roupas de Mário Gomes. A propriedade, que possui alto valor de mercado, foi arrematada por um valor significativamente abaixo de sua avaliação, o que gerou indignação por parte do ator. Apesar da venda, Gomes se recusa a abandonar o imóvel, insistindo em sua permanência.
A dívida trabalhista é um dos principais fatores que levaram ao leilão do imóvel. O valor acumulado com os processos trabalhistas de funcionários de sua antiga empresa cresceu de forma considerável ao longo dos anos, e o não pagamento dessas dívidas culminou no leilão da residência de alto valor. Em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram, Mário Gomes declarou publicamente sua insatisfação com o resultado do leilão, expressando sentimentos de injustiça e mencionando a possibilidade de recorrer judicialmente.
Ator protesta nas redes sociais
Logo após o leilão, Mário Gomes gravou e divulgou um vídeo nas redes sociais onde aparece pichando as paredes da mansão com a frase “Não vou sair”. O ator expressou sua frustração com o processo judicial e classificou a situação como uma “injustiça”. No vídeo, ele afirma que possui todas as provas para reverter a decisão e que a casa é o único bem que lhe restou. A gravação ganhou grande repercussão na internet, com diversos comentários de apoio ao ator e também críticas à sua atitude.
Na legenda do vídeo publicado no Instagram, Gomes mencionou nomes como Jair Bolsonaro e Pablo Marçal, utilizando hashtags associadas a eles. Apesar de não haver explicações diretas sobre a relação dos dois com o caso, o uso dessas figuras públicas nas publicações sugere um apelo ao apoio político e social para sua situação. O ator, contudo, não revelou planos concretos sobre os próximos passos que pretende tomar em relação ao imóvel.
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A questão jurídica
No centro da disputa está a decisão judicial que determinou o leilão do imóvel. A Justiça do Trabalho do Paraná foi a responsável pela ordem de leilão, decorrente dos processos movidos pelas costureiras da confecção do ator, que reclamavam salários e direitos trabalhistas não pagos. A ação judicial culminou na penhora e posterior leilão da mansão para quitar parte dos débitos trabalhistas.
Mário Gomes questiona a legalidade da venda, afirmando que a casa foi vendida por um valor muito abaixo do mercado. A diferença entre o valor de avaliação e o montante pago pelo arrematante reforça as alegações do ator, que diz ter sido injustiçado. A defesa de Gomes pode alegar, nos tribunais, que o imóvel foi vendido por um valor depreciado, pedindo uma revisão da venda ou uma nova avaliação do bem.
No entanto, a execução judicial seguiu os trâmites previstos em lei, com as dívidas trabalhistas reconhecidas judicialmente. A Justiça Trabalhista possui autonomia para promover leilões de bens dos devedores, caso as dívidas não sejam quitadas, e foi esse o caminho adotado no caso de Mário Gomes.
Repercussão e próximos passos
O caso de Mário Gomes levantou debate nas redes sociais e na imprensa sobre a situação de celebridades que enfrentam problemas financeiros e judiciais. A repercussão aumentou principalmente após o vídeo do ator pichando a própria casa, que viralizou nas plataformas digitais. Muitos questionaram a postura de Gomes, enquanto outros demonstraram apoio ao ator, alegando que o valor do imóvel foi injustamente subestimado.
Não há informações claras sobre os próximos passos do ator em relação ao imóvel. A possibilidade de recurso judicial é uma alternativa, porém o processo pode se estender por meses, ou até anos, sem garantias de que a decisão será revertida. Em paralelo, o novo proprietário do imóvel também deverá aguardar a resolução da disputa para poder tomar posse da residência.
Mário Gomes continua na casa, mesmo após o leilão, e segue utilizando as redes sociais para se manifestar contra a decisão judicial. O processo ainda está em andamento, e o desfecho jurídico dependerá das ações da defesa do ator e das decisões futuras da Justiça. O caso exemplifica as consequências de pendências financeiras e o impacto das decisões judiciais sobre o patrimônio, especialmente em disputas envolvendo dívidas trabalhistas.
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