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Canjica, munguzá, pé-de-moleque: conheça a origem das comidas juninas

Canjica, munguzá, pé-de-moleque: conheça a origem das comidas juninas
Divulgação / Ministério da Saúde

Comidas juninas:  Canjica, munguzá, pé-de-moleque: conheça a origem

Comidas juninas:  Canjica, munguzá, pé-de-molequede entre outros dão origem a pratos típicos que retratam a mistura de culturas no Brasil e são uma das principais atrações dos festejos juninos. Você sabe como surgiram esses quitutes?

Com vários símbolos e tradições ligadas à religião, à história, à cultura e à gastronomia, os festejos juninos são lembrados por manifestações que vão desde a música regional nordestina, passando pelas quadrilhas e fogueiras, até os rituais católicos que celebram os santos juninos. Um outro item que interessa a muita gente, independentemente de crença e identificação religiosa, são as das comidas juninas típicas do período.

A diversidade de pratos e suas várias maneiras de preparo carregam consigo um pouco da história do Brasil, da miscigenação das culturas indígena, africana e europeia.

Alguns dos principais ingredientes das receitas das comidas juninas são o milho, o amendoim, o arroz, a abóbora e a mandioca.

O historiador Rafael Gonçalves explica que esses alimentos não foram escolhidos à toa.

“A festa junina tem essa origem europeia e foi transplantada para o Brasil pelos portugueses ainda durante o período colonial, mas tem aqui uma grande aderência, principalmente no caso do milho, né? Interessante a gente pensar que a safra dele, a colheita, principalmente no Nordeste, que era o centro do Brasil colonial, e por isso vai ter uma influência muito grande dessa cultura portuguesa, dessa cultura europeia, ele era colhido justamente em junho, o tempo de São João”, disse em entrevista à Rádio Nacional.

Tendo entre os principais itens das comidas juninas o milho, o amendoim, o arroz, a abóbora e a mandioca, o historiador Rafael Gonçalves destaca que esses produtos não foram escolhidos à toa como matéria-prima das receitas juninas.

A tradição das comidas de milho, além da culinária colonial, também tem ligação com os povos originários da América, que ajudaram não só a popularizar o cultivo, mas também as formas de beneficiamento. O Brasil é hoje um dos maiores produtores de milho do mundo.

A festa junina tem essa origem europeia e foi transplantada para o Brasil pelos portugueses ainda durante o período colonial, mas tem aqui uma grande aderência, principalmente no caso do milho, né? Interessante a gente pensar que a safra dele, a colheita, principalmente do Nordeste, que era o centro do Brasil colonial, e por isso vai ter uma influência muito grande dessa cultura portuguesa, dessa cultura europeia, ele era colhido justamente em junho, o tempo de São João.

Canjica, munguzá, pé-de-moleque: conheça a origem das comidas juninasPratos típicos retratam mistura de culturas no Brasil
Bolo de milho – Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo

A abundância do grão se reflete na variedade de receitas durante os festejos de junho. Receitas essas que, ao longo dos séculos, e dependendo da região do Brasil, foram ganhando novos ingredientes, outros nomes e diferentes maneiras de serem produzidas.

Regina Tchelly, empreendedora social e fundadora do projeto Favela Orgânica, no Morro da Babilônia e Chapéu Mangueira, na zona sul do Rio de Janeiro, conta que a variedade de pratos produzidos nos arraiás reflete a acolhida de pessoas vindas de várias partes do Brasil. Segundo ela, há uma união da tradição e inovação na cozinha que celebra os santos juninos.

“O Brasil inteiro tá aqui, né? Mineiro, tem bastante comida mineira. Tem muito baião de dois, que é do Nordeste. No mês junino aqui, tem muito cuscuz doce, que é uma tradição aqui do Rio de Janeiro, que eu não conhecia. Tem muito bolo de milho. Estou também percebendo que cada vez mais, com o alimento mais caro, as pessoas estão aprendendo a aproveitar melhor os alimentos”, relata.

A celebração das festas juninas no Brasil é um reflexo da riqueza cultural do país. E a gastronomia típica desse período ajuda na consolidação da identidade multifacetada da cozinha junina brasileira. Segundo o Ministério do Turismo, os arraiais movimentam cerca de R$ 6 bilhões pelo país.

Fonte: Agência Brasil

Edição: Carolina Pimentel

 

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