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2024 Mapa mostra lugares representativos para a população LGBTQIA+

Mapa mostra lugares representativos para a população LGBTQIA+
Divulgação/ rede social

Mapa mostra lugares representativos para a população LGBTQIA+

Trabalho busca dar visibilidade aos territórios de resistência

Rua Santa Luzia, 782, quarto número 1, Centro, Rio de Janeiro. Este era o endereço do sobrado onde vivia João Francisco dos Santos, conhecido como Madame Satã, ícone LGBTQIA+ de resistência, artista, transformista que marcou a noite da Lapa. Nesse endereço, em 18 de fevereiro de 1942, uma Quarta-Feira de Cinzas, Satã foi presa por conta de uma denúncia de vizinho incomodado com seu comportamento. Mesmo arbitrária a ordem, foi condenada a um ano de prisão. 

Praça Sete de Setembro, Centro, Belo Horizonte. Em março de 1961, uma ronda da Delegacia Especializada de Repressão à Vadiagem prendeu um grupo de 27 desordeiros, entre “malandros, vadios, maconheiros, ladrões e anormais”. Os ditos anormais incorporados ao grupo eram três travestis: Heddy Lamar, Rosângela e Stefana.

Rio de Janeiro (RJ) 27/06/2024 - Orgulho LGBT - Marinheiros na porta de prostíbulo 1908 - Foto: Augusto Malta/Museu Bajubá/Divulgação
Rio de Janeiro – Orgulho LGBT –  Foto: Augusto Malta/Museu Bajubá/Divulgação

Avenida Augusto Maynard, São José, Aracaju. Neste endereço, está a sede do Cotinguiba Esporte Clube, o palco do Baile das Atrizes, criado pelo cronista e comunicador social João de Barros, popularmente conhecido como Barrinhos, uma personalidade bastante relevante para a cultura sergipana. Esse baile era destaque pelas fantasias extravagantes usadas por foliões homossexuais e também pelas travestis.

Os três endereços fazem parte, junto com outras dezenas de locações já mapeadas no país, do Mapa Interativo do Patrimônio Cultural LGBTI+, uma iniciativa do Museu Bajubá, que é um museu virtual de história da população de lésbicas, gays, bissexuais, pessoas trans, intersexuais, queer, assexuais e outras.

O Mapa buscar dar visibilidade a população LGBTQIA+ e aos territórios de resistência e espaços de memória da população LGBTQIA+. “Através dessa visualização da localização geográfica, a gente clica no ponto, no alfinete, e aí se abre a história para a gente conhecer. A gente tem bastante orgulho desse trabalho”, diz a historiadora Rita Colaço, ativista LGBTQIA+ e diretora-presidente do Museu Bajubá.

Como o próprio nome diz, o projeto consiste em um mapa onde estão marcados os locais. Quando se clica em qualquer um desses locais, é possível saber a história daquele território e porque ele é importante para a população LGBTQIA+. Segundo Colaço, foram mapeados cerca de 70 locais em estados e municípios brasileiros como Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe, Brasília e Belo Horizonte. O mapa mostra também espaços em Berlim e no México, por conta de parcerias com pesquisadores desses locais.

Os locais incluídos no mapa são categorizados de várias maneiras, incluindo endereços históricos, áreas de socialização, locais de protestos e marchas, memórias de organizações, memórias traumáticas e pontos de censura. Esses espaços representam diferentes aspectos da vivência LGBTQIA+, desde celebrações e encontros até momentos de resistência e desafios. Cada categoria ajuda a destacar a diversidade e a profundidade das experiências da comunidade, proporcionando uma visão abrangente da sua história e cultura. Este mapeamento é essencial para reconhecer e preservar a rica tapeçaria das contribuições e lutas LGBTQIA+. 

“A gente precisa se apropriar do nosso passado, do nosso patrimônio, dos nossos registros, dos nossos vestígios, dos nossos acervos, reverenciá-los, se orgulhar deles e lutar para que eles sejam salvaguardados, para que sejam restaurados, para que sejam preservados”, defende Colaço.

Qualquer pessoa pode sugerir novas localidades para inclusão no mapa. Para isso, clique no símbolo “+” no topo, à direita, e compartilhe informações sobre lugares significativos para a comunidade LGBTQIA+. Pode ser um ponto de encontro, um monumento, um estabelecimento ou qualquer local relevante para a história e cultura LGBTQIA+. É essencial fornecer detalhes precisos e mencionar as fontes. Suas sugestões ajudam a enriquecer o mapa e promover a visibilidade e inclusão da diversidade. Participe e contribua para criar um recurso valioso para todos! 

O Mapa, que já pode ser consultado online, na página do Museu Bajubá será oficialmente lançado no dia 6 de julho, às 15h, em um debate virtual no canal do Youtube da organização.

Edição: Aécio Amado
fonte: Agencia Brasil

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