Secretaria da Mulher (SMDF)no Innova Summit 2025: Debate o papel da mulher no mercado digital
A Secretaria da Mulher (SMDF) do Governo do Distrito Federal (GDF) marcou presença nesta quarta-feira, 25 de junho, na 5ª edição do Innova Summit 2025, um dos eventos mais importantes sobre empreendedorismo e tecnologia do Brasil, que acontece no Ulysses Centro de Convenções. O encontro, iniciado na terça-feira (24) e com encerramento previsto para quinta-feira (26), serviu de palco para discussões importantes sobre o papel da tecnologia na vida das mulheres e os desafios impostos pela transformação digital.
Com o tema “Inovação com inclusão e proteção – tecnologia a serviço da mulher e da família”, Sandra Faraj, subsecretária de Transformação Tecnológica e Inovação Feminina da SMDF, subiu ao palco Visionário do Innova Mulher às 16h40. Sua palestra focou na análise do papel da mulher no mercado digital e nos desafios que surgem com as rápidas e contínuas mudanças tecnológicas.
A participação da SMDF em um evento de tamanha relevância, considerado um dos maiores de inovação da América Latina, é vista como essencial pela vice-governadora Celina Leão para garantir a inclusão feminina nesse cenário de constante evolução. “A pergunta não é apenas como a tecnologia vai mudar o mundo, mas de quem será esse novo mundo? Quem vai programá-lo? Quem vai liderá-lo? Quem vai ser ouvido? A nossa resposta é clara: nós, mulheres, temos que estar lá. Com conhecimento, com voz, com protagonismo”, afirmou Leão, enfatizando a necessidade de uma participação ativa e empoderada das mulheres no futuro tecnológico.
Representação Feminina na Tecnologia
Durante sua apresentação no Innova Summit 2025, Sandra Faraj ressaltou que, apesar dos avanços, os desafios para a inclusão feminina no setor tecnológico ainda são significativos. Ela apresentou dados alarmantes que ilustram o desequilíbrio de gênero na área. Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 15% dos formandos em cursos de tecnologia da informação no Brasil são mulheres. Esse número revela uma lacuna expressiva na formação profissional, indicando que a participação feminina ainda é marginal no campo da TI.
Além da baixa representatividade na formação, a subsecretária destacou um risco iminente relacionado ao avanço da inteligência artificial generativa. Conforme dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da ONU Mulheres, 33,7% das mulheres atuam em profissões com alto risco de substituição por IA generativa, enquanto entre os homens esse índice é consideravelmente menor, de 25,5%. Essa disparidade levanta preocupações sobre o futuro do trabalho feminino e a necessidade de políticas que preparem as mulheres para as transformações do mercado.
“Vivemos uma era marcada por inteligência artificial, deepfakes, algoritmos de decisão e automação crescente, e tudo isso impõe novos dilemas à sociedade. A verdadeira inovação não pode ser apenas técnica, ela precisa ser humana. A revolução tecnológica que vivemos hoje remodela o trabalho, a educação, o afeto e a proteção. Mas não podemos esquecer: a mulher digital começa na mulher real”, pontuou Faraj. Sua fala reforça que a tecnologia deve servir ao desenvolvimento humano e não se tornar um fator de exclusão, especialmente para as mulheres.

Ações da SMDF em Defesa das Mulheres no Digital
Em resposta a esses desafios e em linha com a premissa de que a inovação deve ser inclusiva e protetiva, a Subsecretaria de Transformação Tecnológica e Inovação Feminina da SMDF tem desenvolvido uma série de ações concretas. Um dos principais focos é o programa “Desafio não é brincadeira”, que leva informação, proteção e capacitação tecnológica para diversas regiões do Distrito Federal, incluindo Sol Nascente, Estrutural, Santa Maria e Taguatinga.
A iniciativa é implementada em parceria com escolas, igrejas e grupos comunitários, abordando temas de extrema relevância para a segurança digital e o empoderamento feminino. Entre os assuntos tratados estão a prevenção de golpes digitais, assédio online, fraudes e armadilhas emocionais – riscos que afetam desproporcionalmente as mulheres no ambiente digital. Além disso, o programa busca ativamente fomentar a criação de redes de apoio, incentivar lideranças femininas e capacitar mulheres multiplicadoras digitais, que atuam como agentes de mudança em suas comunidades.
A subsecretária Sandra Faraj expressou otimismo em relação aos resultados já colhidos pelo programa. “Já começamos a colher frutos. Mulheres que participam do programa ensinam outras a se protegerem, a se posicionarem e a se empoderarem com a tecnologia”, celebrou. Essa abordagem demonstra o compromisso da Secretaria da Mulher em ir além da conscientização, capacitando mulheres com as ferramentas necessárias para navegar com segurança e protagonismo no mundo digital, transformando a tecnologia em uma aliada para seu desenvolvimento e proteção. A participação no Innova Summit 2025 ressalta a importância dessas discussões em um palco de inovação de grande visibilidade.
Por minuto61
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