Tentativa de Golpe na Coreia do Sul: 5 fatos importantes

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Tentativa de Golpe na Coreia do Sul: 5 fatos importantes
Tentativa de Golpe na Coreia do Sul: 5 fatos importantes

Tentativa de Golpe na Coreia do Sul: 5 fatos importantes O golpe na Coreia do Sul, em dezembro de 2024, trouxe impactos políticos, sociais e econômicos profundos. Entenda os detalhes dessa crise e suas repercussões. Declaração de lei marcial pelo governo Na noite de 3 de dezembro de 2024, o presidente Yoon Suk Yeol anunciou […]

Tentativa de Golpe na Coreia do Sul: 5 fatos importantes

O golpe na Coreia do Sul, em dezembro de 2024, trouxe impactos políticos, sociais e econômicos profundos. Entenda os detalhes dessa crise e suas repercussões.

Declaração de lei marcial pelo governo

Na noite de 3 de dezembro de 2024, o presidente Yoon Suk Yeol anunciou a imposição de lei marcial em todo o território sul-coreano. Segundo o governo, a medida foi justificada como necessária para proteger a ordem constitucional e combater “forças políticas adversárias”.

Imediatamente, a oposição parlamentar e a sociedade civil questionaram a legitimidade da decisão. Além disso, transmissões televisivas capturaram imagens de tropas militares tentando ocupar a Assembleia Nacional, gerando indignação pública.

Reações do Parlamento e sociedade civil

Diante da pressão do Parlamento e da sociedade civil, Yoon revogou a lei marcial em 4 de dezembro. No entanto, as consequências políticas persistiram, com discussões sobre sua expulsão do PPP e processos de impeachment em andamento. O ministro da Defesa, Kim Yong-hyun, que propôs a lei marcial, enfrentou acusações de traição e ofereceu sua renúncia.

A decisão de Yoon de impor lei marcial surpreendeu o Parlamento sul-coreano. Líderes do Partido do Poder do Povo (PPP), ao qual Yoon pertence, expressaram desconhecimento prévio da medida. Choo Kyung-ho, líder do PPP na Assembleia Nacional, afirmou ter sido informado sobre a lei marcial apenas pela mídia. Essa falta de comunicação interna gerou tensões dentro do partido governista.

A oposição condenou veementemente a declaração de lei marcial. O Partido Democrático da Coreia (DPK) e outros partidos oposicionistas iniciaram procedimentos para o impeachment de Yoon, considerando a medida uma tentativa de golpe. Em 4 de dezembro, aproximadamente 190 membros da Assembleia Nacional, de seis partidos de oposição, apresentaram uma moção de impeachment, programando a discussão para os dias seguintes.

A sociedade civil sul-coreana respondeu rapidamente à crise. A Confederação Coreana de Sindicatos (KCTU), maior central sindical do país, convocou uma greve geral indefinida até que Yoon renunciasse. Protestos e manifestações ocorreram em várias cidades, com cidadãos exigindo a restauração da ordem democrática.

Líderes religiosos, incluindo a Conferência dos Bispos Católicos da Coreia e o Conselho Nacional de Igrejas na Coreia, criticaram a declaração de lei marcial, considerando-a uma ameaça à democracia. Além disso, 370 professores e pesquisadores da Universidade da Coreia assinaram uma declaração conjunta pedindo o impeachment de Yoon.

Impactos econômicos e estabilidade do país

A declaração de lei marcial surpreendeu o público sul-coreano, causando pânico e descrença. Imediatamente após o anúncio, o valor do won sul-coreano caiu para 1.444 por dólar americano, o menor valor em 25 meses; posteriormente, recuperou-se para cerca de 1.420, ainda abaixo dos 1.403 do dia anterior. Além disso, ETFs sul-coreanos, como o iShares MSCI South Korea, caíram 5%, enquanto o Franklin FTSE South Korea ETF e o Matthews Korea Active ETF recuaram 4,4% e 4,5%, respectivamente.

Em resposta à volatilidade, o Banco Central sul-coreano preparou medidas para estabilizar o mercado, caso necessário. O Ministro das Finanças e Vice-Primeiro-Ministro, Choi Sang-mok, convocou uma reunião de emergência com altos funcionários econômicos para discutir estratégias de contenção dos impactos econômicos da declaração de lei marcial.

Reações internacionais ao golpe

Estados Unidos condenam tentativa de golpe

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou veementemente a tentativa de golpe na Coreia do Sul, reafirmando o compromisso dos EUA com a democracia e a estabilidade na região. Biden destacou a importância de respeitar as instituições democráticas e enfatizou o apoio contínuo à soberania sul-coreana.

China pede moderação e diálogo

O presidente chinês, Xi Jinping, apelou à moderação e ao diálogo entre as partes envolvidas na Coreia do Sul. Xi enfatizou a necessidade de manter a estabilidade regional e evitar ações que possam agravar as tensões. A China destacou seu interesse em uma península coreana pacífica e estável.

Rússia expressa preocupação com a situação

O presidente russo, Vladimir Putin, expressou preocupação com os eventos na Coreia do Sul, destacando a importância de resolver questões internas por meios constitucionais. Putin enfatizou a necessidade de evitar interferências externas e de respeitar a soberania sul-coreana.

França e Alemanha apoiam a democracia sul-coreana

O presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, emitiram declarações conjuntas apoiando a democracia na Coreia do Sul. Ambos enfatizaram a importância de preservar as instituições democráticas e expressaram solidariedade ao povo sul-coreano.

Brasil manifesta solidariedade

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, manifestou solidariedade à Coreia do Sul, destacando a importância de manter a ordem democrática e o respeito às instituições. Lula reafirmou o compromisso do Brasil com a paz e a estabilidade internacional.

Coreia do Norte mantém silêncio oficial

Até o momento, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, não emitiu declarações oficiais sobre a tentativa de golpe na Coreia do Sul. Analistas sugerem que Pyongyang está monitorando a situação de perto, considerando as implicações para a segurança regional.

Lições da história sul-coreana

Em 1980, os sul coreanos enfrentaram um golpe militar que resultou em repressão violenta e mudanças políticas significativas. Este evento marcou profundamente a trajetória democrática do país.

Contexto político antes do golpe

Após o assassinato do presidente Park Chung-hee em 26 de outubro de 1979, a Coreia do Sul entrou em um período de instabilidade política. O primeiro-ministro Choi Kyu-hah assumiu a presidência interina, mas sua liderança foi rapidamente desafiada. Em 12 de dezembro de 1979, o general Chun Doo-hwan liderou um golpe militar, consolidando seu poder sobre as forças armadas sul-coreanas. Essa ação preparou o terreno para o golpe de maio de 1980.

Por Minuto61

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