Furacão Milton: a ameaça mais intensa em 100 anos nos EUA
O Furacão Milton se tornou o centro das atenções nos EUA, sendo considerado a “pior tempestade em 100 anos” a atingir a Flórida. O fenômeno, que rapidamente se intensificou no Golfo do México, é uma das tempestades mais destrutivas do Atlântico, com ventos que ultrapassaram 240 km/h em questão de horas, aproximando-se da costa oeste dos EUA.
Preparação e evacuação em massa
A Flórida, um dos estados mais vulneráveis às tempestades, já iniciou medidas de emergência diante da chegada do Furacão Milton. Mais de 3 milhões de pessoas que residem na área metropolitana de Tampa estão sendo evacuadas, e autoridades locais fecharam todos os portos da região. O governador da Flórida, Ron DeSantis, pediu que os moradores sigam as ordens de evacuação para evitar tragédias, já que Milton é comparado a grandes furacões do passado, como o Michael, que devastou o estado em 2018.
De acordo com o Centro Nacional de Furacões, as águas extremamente quentes no Golfo ajudaram a alimentar a força da tempestade, que, embora tenha perdido um pouco de intensidade ao se aproximar da costa, permanece uma ameaça significativa. A tempestade, que inicialmente atingiu a categoria 4, pode chegar à categoria 3 ao atingir a costa, mas a sua força de destruição continua sendo uma grande preocupação.
Escala Saffir-Simpson
A classificação se baseia em um modelo criado nos anos 1970 pelo Herbert Saffir e pelo meteorologista Robert Simpson, nos Estados Unidos.
A gradação vai de 1 a 5 e é baseada na velocidade máxima sustentada do vento de um furacão. De acordo com a Centro Nacional de Furacões, a classificação não leva em consideração outros perigos como tempestades, inundações e tornados.
A escala também estima danos potenciais às propriedades. Embora todos os furacões produzam ventos potencialmente fatais, os classificados acima da categoria 3 são conhecidos como grandes furacões.
Escala de acordo com a intensidade dos furacões:
- Categoria 1: potencial de causar alguns danos, com ventos de 119 a 153 km/h. Pode causar danos ao telhado, quebrar galhos grandes de árvores e linhas de energia;
- Categoria 2: potencial de causar grandes danos, ventos de 154 km/h a 177 km/h. Casas podem sofrer danos estruturais. Árvores são arrancadas e bloqueiam estradas. Interrupções de energia são frequentes;
- Categoria 3: potencial de causar danos devastadores, com ventos de 178 km/h a 208 km/h. Grandes danos a construções. Muitas árvores serão quebradas ou arrancadas. Eletricidade e água podem ficar indisponíveis;
- Categoria 4: potencial de causar danos catastróficos, com ventos de 209 km/h a 251 km/h. Casas podem ser derrubadas, assim como postes de energia, com prejuízos à rede por semanas ou meses;
- Categoria 5 (estágio atual do Milton): potencial de causar danos catastróficos, com ventos de mais de 252 km/h. Muitas casas serão destruídas, com colapso da parede e perda do telhado. Áreas residenciais ficarão isoladas. Potencial de áreas ficarem inabitáveis por semanas ou meses.
Impactos previstos para o país
Os impactos esperados incluem inundações, quedas de energia e destruição em larga escala, principalmente na costa oeste da Flórida. Milton já se destaca como um dos furacões de intensificação mais rápida registrados, comparável a tempestades históricas como Wilma, em 2005. Além disso, o furacão atravessou a península de Yucatán, no México, causando grandes ondas e ventos intensos, que já causaram danos em várias regiões costeiras.
As previsões apontam que, mesmo após atingir o continente, Milton pode continuar afetando grandes áreas dos EUA, incluindo estados do sudeste como a Geórgia e as Carolinas. Autoridades continuam monitorando a trajetória da tempestade, já que mudanças no curso podem levar a impactos inesperados.
O Furacão Milton coloca os EUA em estado de alerta máximo, especialmente em um momento em que o país ainda lida com as consequências de outras tempestades recentes. A população está sendo orientada a se preparar para cortes prolongados de energia e a buscar abrigo seguro.
Riscos e recuperação futura
O processo de recuperação para as áreas afetadas pelo Furacão Milton pode levar anos, de acordo com especialistas. Embora a tempestade deva perder força gradualmente após tocar o solo, os danos causados pela sua passagem podem ser extensos, afetando tanto a infraestrutura local quanto os sistemas de energia e transporte. O histórico da região com furacões anteriores, como o Irma, em 2017, mostra que os desafios para reconstruir comunidades podem ser duradouros.
Conforme o Milton avança, a preocupação aumenta não apenas com a destruição material, mas também com os impactos econômicos e sociais para as áreas atingidas. Enchentes e a destruição de habitações podem deixar milhares de desabrigados, enquanto a recuperação das redes de energia pode demorar semanas.
A situação nos EUA é monitorada de perto, com a expectativa de que Milton seja um dos eventos climáticos mais graves da última década. O presidente Joe Biden cancelou compromissos internacionais para acompanhar de perto os esforços de emergência no país.
Por minuto 61
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