Mourão critica indiciamentos da PF: 37 envolvidos
O senador Hamilton Mourão se pronunciou sobre os indiciamentos da Polícia Federal envolvendo 37 pessoas, incluindo políticos e militares. Ele questionou as denúncias e negou ter acordado a saída de Bolsonaro com generais.
Indiciamentos da PF e as acusações
A Polícia Federal indiciou 37 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e militares, por suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório menciona planos para depor o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e até mesmo assassiná-lo. Entre os indiciados estão figuras de destaque político e militar, acusadas de planejar ações para desestabilizar o governo.
As investigações apontam que a articulação envolvia líderes militares e civis, mas enfrentou resistência de comandantes da Aeronáutica e do Exército. A operação trouxe à tona documentos e mensagens detalhando os planos, reforçando as suspeitas de envolvimento de altos escalões. Mourão, no entanto, questionou a consistência das acusações, pedindo mais explicações sobre as evidências apresentadas.
Mourão reage às denúncias da PF
Hamilton Mourão, atual senador e ex-vice-presidente, criticou os indiciamentos da Polícia Federal, classificando-os como precipitados e pouco fundamentados. Ele afirmou que não há elementos concretos para justificar a inclusão de militares na investigação, considerando as denúncias como “sem pé nem cabeça”.
O senador também minimizou os planos descritos no relatório da PF, chamando-os de “fanfarronada”. Para Mourão, o uso de mensagens ou discussões como base para acusações é insuficiente para configurar crime. Ele destacou que nenhuma ação efetiva foi tomada pelos envolvidos, sugerindo que as suspeitas não se sustentam.
Negativas sobre acordos com generais
O nome de Mourão foi mencionado em dois momentos do relatório, com destaque para reuniões que supostamente discutiram a saída de Bolsonaro com generais. Segundo a PF, essas conversas ocorreram após os atos de 8 de janeiro, quando manifestantes invadiram prédios públicos em Brasília.
Mourão negou veementemente ter acertado qualquer saída com os militares. Ele esclareceu que não participou de discussões sobre uma eventual transição forçada ou manobras contra o governo eleito. Para o senador, as Forças Armadas sempre se mantiveram dentro dos limites da Constituição e não compactuaram com tentativas de golpe.
Debate sobre o papel das Forças Armadas
As investigações reavivaram debates sobre o papel das Forças Armadas em crises políticas. Mourão ressaltou que os militares têm um compromisso histórico com a democracia e não participaram de ações ilegais. Ele criticou a tentativa de envolver as Forças Armadas em supostos planos de golpe, afirmando que tais alegações prejudicam a imagem das instituições.
Analistas políticos destacam que o caso reforça a necessidade de transparência nas relações entre civis e militares. A conduta das Forças Armadas durante os eventos citados será examinada detalhadamente, podendo influenciar a percepção pública sobre seu papel no país.
Próximos passos e desdobramentos
Com o relatório entregue à Procuradoria-Geral da República, cabe ao órgão decidir se apresentará denúncias formais contra os indiciados. Mourão afirmou que é essencial que as investigações sejam conduzidas com rigor, respeitando os direitos de defesa e evitando condenações sem provas concretas.
A Operação Contragolpe, que culminou nos indiciamentos, continua em andamento, e novas informações podem surgir. Mourão reiterou que as acusações contra ele e outros militares carecem de fundamento e enfatizou a importância de preservar a estabilidade democrática do país.
Por Minuto61
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